Autor
Resumen

This article focuses on interactions between the novel and ethno-folklore, seen both as discourses and disciplines prepared to study, organize and guarantee foundational fictions in a traditional based community struggling with Modern transformations. Based on two case-studies a monograph on the Basque foundational hero San Martin and the novel Bilbao-New York-Bilbao by Kirmen Uribe, this text analyzes crossed dialogues between folklorists and novelists. Those dialogues propose both a literary theory, an imagination of the community and a collective memory of the Spanish and Basque 20th Century, based on the common horizon of sustainability. This process opens narrative spaces in which community member’s modern lives can be told using the oral and traditional narrative practices of their community. By doing so, it creates the possibility of a sustainable literature that can also work as popular history. This way, sustainability will be a path for peripheral cultures to negotiate their ecological place in a globalized world, placing in the center the live stories of the community, seen as foundational fictions. Este artículo reflexiona sobre las interacciones entre la novela y el etnofolklore, entendidos como discursos y disciplinas con la capacidad de estudiar, garantizar y preservar los relatos fundacionales de una comunidad de base tradicional enfrentada a las transformaciones propias de la modernización. Partiendo de dos casos de estudio, una monografía sobre el héroe fundacional vasco San Martín y la novela de Kirmen Uribe Bilbao-New York-Bilbao, este texto interpreta algunos diálogos cruzados entre folcloristas y novelistas. Estos diálogos contienen una teoría literaria, una imaginación de la comunidad y una memoria colectiva del siglo XX vasco y español, que se rige por el horizonte común de la sostenibilidad. En ese proceso, la construcción de espacios discursivos donde las vidas modernas de los miembros de la comunidad puedan ser contadas en relación con los propios modos narrativos orales y tradicionales de esa comunidad, abre la posibilidad de una literatura sostenible que cumpla las funciones de una historia popular. La sostenibilidad será así el modo de negociar un lugar ecológico para culturas periféricas en un mundo globalizado, poniendo en el centro los relatos de las vidas de esa comunidad como relatos fundadores. Este artigo reflete sobre as interações entre a novela e o etnofolclore, entendidos como discursos e disciplinas com capacidade para estudar, garantir e preservar os relatos fundacionais de uma comunidade de base tradicional face às transformações próprias da modernização. Partindo de dois estudos de caso, uma monografia sobre o herói fundador basco, São Martim e a novela Bilbao-New York-Bilbao, de Kirmen Uribe, este texto interpreta alguns diálogos cruzados entre folcloristas e novelistas. Estes diálogos contêm uma teoria literária, a imaginação de uma comunidade e uma memória coletiva sobre o século XX basco e espanhol, que se norteia pelo horizonte comum da sustentabilidade. Neste processo, a construção de espaços discursivos onde as vidas modernas dos elementos da comunidade podem ser contadas em articulação com os modos narrativos orais e tradicionais dessa comunidade abre a possibilidade de uma literatura sustentável que cumpra as funções de uma história popular. A sustentabilidade será assim o modo de negociar um espaço ecológico para as culturas periféricas num mundo globalizado, colocando no centro os relatos das vidas dessa comudade enquanto relatos fundadores.

Número de páginas
303-366
Acta title
Relatos de Criação, de Fundação e de Instalação: História, Mitos e Poéticas, 2017, ISBN 978-989-99761-4-6, págs. 303-366
Editorial
IELT - Instituto de Estudos de Literatura e Tradição
ISBN-ISSN
978-989-99761-4-6
URL
Descargar cita