03746nas a2200145 4500000000100000008004100001260002600042100002000068700001800088245010600106250000600212300001200218520334800230020002203578 d bUniversidade do Minho1 aMarília Castro1 aMaria Ribeiro00aDa memória patrimonial às tradições regionais: a não formalidade educativa e o educador de museu a1 a832-8433 aAs preocupações educativas em contexto museológico devem assumir-se como uma práticadiscursiva corrente e encerra potenciais comunicativos muito enriquecedores para o processo deconstrução cultural e artística de todo o indivíduo. Têm sido preocupações assumidas pela próprialegislação em vigor que relativamente às instituições museus, as proposições educativas nãoformais e a inclusão sociocultural têm de estar presentes nas suas preocupações, como instituiçãode interesse público que se considera. Este espaço é responsável pela preservação e conservaçãodo património que integra o seu espólio, mas igualmente pelo estudo, análise e investigação, logoprodutor de saber, para além da comunicação e estruturação de um pensamento reflexivo e crítico.Uma atitude que ultrapassa a responsabilidade pelo património material mas também pelopatrimónio imaterial. A atitude consciente e refletida por parte do educador de museu permite-lheser um profissional responsável e atento dessas potencialidades na divulgação dos valorespatrimonais nacionais e regionais, de memória e de tradição, isto é, mediador de conhecimento. Orecurso às aprendizagens nas várias expressões artísticas transportam os envolvidos para as suasvivências, tornam-se meios facilitadores de superação, numa construção de identidade humana ecriativa. Nessa dinâmica construtora são apreendidos conteúdos, condutas, saberes num diálogoconsistente entre as instituições educativas e formativas. Num cruzamento entre perceções einterações que ultrapassa todos os espaços delimitados tradicionalmente, o projeto dos contextosmuseológicos permite transpor os seus espaços e “visitar” novos palcos numa estratégia deaprendizagem ativamente (re)construída. As representações socioculturais e estético-artísticasassumem-se como parte de um imaginário criativo, inovador e, simultaneamente, perene para todosos envolvidos. Não sendo pioneiro, o trabalho estruturado e implementado pela educadora doMuseu Etnográfico pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Bragança, reconhecidamente demérito, desafiou-nos ao presente estudo avaliativo. As atividades planificadas sob temáticasvariadas (dos festevos carnavalescos às atividades artesanais, da primavera às datas maiscomemorativas) foram implementadas com variados públicos utentes da instituição (crianças dopré-escolar, 1.º CEB, utentes do Centro de Educação Especial e da Estrutura Residencial de PessoasIdosas), pretendiam divulgar o património local junto destes públicos e perceber que importâncialhe atribuem. Trata-se de um estudo qualitativo de natureza descritiva e interpretativa, que utilizougrelhas de registo de recolha de dados, preenchidas no final de cada atividade, por auscultaçãodireta aos públicos presentes. Da análise dos dados recolhidos conclui-se que os sujeitosreconheceram a importância dos momentos de partilha proporcionados pelas atividades que sereportavam às atividades tradicionais, aquisição de novos conhecimentos, interiorização de valoresnormativos e ultrapassar de receios pelos costumes desconhecidos. Dessa análise destaca-se aimportância que os públicos mais velhos atribuiram a estes momentos, referindo que os viam comopassagem de testemunho aos públicos mais novos. a978-989-8525-71-0